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segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Mt 16.5-12


Há quem diga que o ser humano é o que pensa.

Se o ser humano não é o que pensa, certamente, age do que pensa, e pensa do que ouve.

Nessa fala, Jesus diz que é necessário tomar cuidado com o que se ouve.

É curioso, mas, agimos muito mais pelo que ouvimos, do que pelo que vemos ou constatamos. Talvez, porque ver exija sincronização, a pessoa teria de estar, de alguma forma, no local, no momento do ocorrido; e constatar demande muito trabalho.

A fé vem pelo ouvir, disse Paulo. A fé verdadeira vem de ouvir da Palavra de Deus.

Mas, a história humana dá conta de que, para o ser humano desenvolver crença, basta ouvir. O que coloca um peso de responsabilidade incomensurável sobre quem fala.

Tudo, nos diz a Bíblia, nasce da palavra, e, como se comprova na história, pelas falas a sociedade é construída.

Jesus sabia que os humanos são ávidos por informação. Não pela informação em si, mas, pelo poder que saber mais do que o outro confere ao informado. O tal desejo de ser como Deus (Gn 3.5). E todo o que deseja o poder, se predispõe a cair em ciladas (1Tm 6.9).

Deve ser por isso que Jesus adverte seus alunos a se acautelarem das doutrinas dos fariseus e dos saduceus. Pois, não dá para imaginar que tais doutrinas, e tais doutrinadores pudessem competir com  os ensinos e a maestria de Jesus.

Jesus, todavia, sabia que o ser humano é corruptível.

Jesus sabia que a má informação, corrompe.

Jesus sabia, também, que a palavra que corrompe é a palavra que foi corrompida.

Jesus sabia que mesmo a palavra vinda de Deus pode ser corrompida.

Interessante, os saduceus e os fariseus representavam extremos da fé judaica. Os saduceus aceitavam parte da Bíblia, os fariseus aceitavam a Bíblia toda.

Os saduceus enfatizavam as atividades no templo como o cerne da fé; os fariseus enfatizavam o moralismo como cumprimento da lei.

Ambos, porém, ensinavam o erro.  Os saduceus não viram que os sacrifícios falavam da necessidade do sacrifício definitivo; os fariseus não viram que a lei apontava para a necessidade de haver um salvador.

No erro os extremos se encontravam, e se tornavam uma coisa só: informação que corrompe.

Como distinguir que laboravam em erro, se eram, entre si, opostos, de tão distantes e antitéticos?

Eles se encontravam na incapacidade de reconhecer o Cristo, e de fazer o Cristo reconhecido.

Continua assim: todo ensino que, pretensamente, nascido da Bíblia, não reconheça o Cristo, que é o sacrifício que nos traz a salvação, e o esvaziamento e a doação que nos estabelece o padrão para viver,  e não aponte o Cristo como o centro da fé, se tornou informação que corrompe.